sábado, 30 de julho de 2016

1ª Etapa de Confecção de Escultura: o Esqueleto



E aê galera pp-zada, estou aqui trabalhando naquele mesmo lugar de sempre, vocês não sabem? Então leiam a minha primeira postagem no blog (aqui!) para ficarem conhecendo pelo menos um pouco a pessoa que vos escreve. ;D
Bom, como havia falado na minha última publicação (dá uma zoiada aqui!), vamos conversar sobre a primeira etapa da confecção da minha escultura querida: o esqueleto. Lembrando que estou fazendo o Charmander - ESPERA! antes que passe pela cabeça de vocês que minha escolha é influenciada pela atual onda do Pokémon Go, não tem nada a ver, ok? apesar de estar super impaciente e ansiosa para que seja lançado esse bendito jogo aqui no Brasil. Sou fã antiga do desenho, mais especificamente da primeira versão.
Nos concentremos no que interessa. Vou começar elencando as dificuldades que passei nessa primeira etapa:


1) Escolher a imagem referência;

Tive dificuldade de escolher a imagem de referência, pois simplesmente as imagens que encontrei no Google imagens são todas com bastante dinâmica, o que seria muito complicado de copiar visto minha total inexperiência, outras estavam mostrando poucos detalhes ou informações a respeito do personagem.
- Como assim, pow?
De todas as imagens que escolho no decorrer na minha pesquisa, dentre elas devo destacar aquela que iremos chamar de "imagem referencial principal", como o próprio nome já diz, seria a que teríamos que imitar o mais fielmente possível, nela é de onde temos que colher o maior número de informações; mas também existem as "imagens referenciais secundárias" que necessariamente precisam mostrar informações que não estão presentes na imagem referencial principal, por exemplo observem as figuras abaixo:



A imagem que utilizei foi esta acima, nela podemos evidenciar toda a parte frontal do personagem, mas deixa a desejar quando se quer saber informações sobre o perfil e as costas do mesmo; por isso que adotei como imagens de referências secundárias, as que estão aqui embaixo:


Obviamente que não foram somente estas as imagens que utilizei e estou utilizando, também não é apenas para ter informações de diferentes ângulos do corpo o motivo de pesquisar referências secundárias, mas se necessita baixar diversas imagens para ter uma noção geral de como realmente é o personagem, atentando, por exemplo, para suas diferentes expressões faciais. Resumindo, peguem quantas referências puderem. 
Em postagens posteriores irei mostrar como você consegue colher informações destas referências, muitos podem pensar que é só na base do "olhômetro", pode até ser que você consiga uma peça legal visualmente, mas o lance é muito mais técnico do que isso, o que fornece um pouco mais de segurança de que seu trabalho está correto.
Isso nos leva a uma conclusão que queria chegar desde o início do blog: não é obrigado que você saiba desenhar para poder modelar. Se você é um daqueles que o único desenho que sabe fazer de uma pessoa, consiste em unir cinco palitinhos e uma bolinha representando a cabeça, não se desanime, este lance também é para você! =D

2) Dobrar e cortar arame corretamente;

Cara nessa parte fico até meio encabulada para escrever, poderia aqui "dá uma de doida" e colocar a culpa nas ferramentas (dá uma conferida aqui!), ou seja, nos alicates, mas não curto mentira, então confessarei que tive dificuldade tanto de dobrar quanto de cortar o arame mais grosso, pois me faltou força. =( 
Isso mesmo!! Não tive força, isso é realmente constrangedor, porém acontece quando você é um "serumaninho" de 1,57 cm de altura, pesando acredito que 56 kg e com mãos de gnomo, então relevem, por favor.
Neste quesito, também senti dificuldade de dobrar para dar a dinâmica certa da imagem e assim auxiliar na próxima etapa: blocagem; pois é, quanto mais cedo você puder passar informações do personagem para a peça, mais difícil será se perder nas etapas consecutivas.


As setas vermelhas correspondem onde e como devem ser dobrados os arames, após a mensuração do tamanho, claro. 
O passa-a-passo da elaboração de um esqueleto vou falar em postagens posteriores, mas já aviso de antemão que não existe uma única maneira de se elaborar o esqueleto, quando for falar especificamente do assunto digo quais as maneiras que conheço, aí vocês escolhem a que se adequar melhor as suas necessidades. 
Aqui estou expondo os pontos bases, ou seja, aqueles que não mudam, então:
- Mensure a figura;
- Corte os arames;
- Dobre o arame de acordo com a figura, se aproximando ao máximo do movimento presente nela já nesta etapa, isto vai auxiliar demais nas posteriores.
Obs: Lembrando que a cauda ainda não foi feita, nem mesmo o esqueleto dela, por isso não coloquei sua dobra na figura, decidi fazer separadamente. Contudo, poderia ter utilizado um "arame central" maior que após ter uma de suas pontas dobradas para trás e depois para o lado, poderia muito bem representar a cauda. 
- Então por que você não fez assim? 
A resposta é simples: LESEI! ME ABESTALHEI! NÃO FAÇAM O MESMO!

4) Fixar um arame no outro:

Sabemos que são necessários dois diâmetros de arame para podermos fazer o esqueleto, mas o que aconteceu foi que comprei um arame com um pouco menos de 3 mm e outro com um pouco mais de 1 mm, resultado? Adivinhem! 
Está na cara, o arame com menos calibre se tornou grosso demais para conseguir unir ou fixar um no outro os arames de 3 mm cortados previamente, sacaram? Não? Deixa explicar melhor, o arame fininho seria tipo a "corda" que iria amarrar os outros arames mais grossos cortados anteriormente, para assim poder fazer o peste do esqueleto, mas não aconteceu porque comprei arames com diâmetros errados.
Moral da história: As pequenas coisas fazem sim a diferença. 
- Mas Alanna, como você fez? 
Galerinha, não é somente com o arame que podemos fazer este trabalho de fixação, afinal, temos massas também, não é mesmo?! A que utilizei foi a própria da peça, o Polymer Clay; fiz pois se tratava de uma situação de emergência - na minha opinião, afinal estava desesperada! - e não tinha nenhuma outra, mas recomendo que não gastem essa massa cara com essa função que pode ser realizada por outras mais baratas, por isso já comprei minha Époxi para me prevenir contra futuras situações semelhantes.
Finalmente, vamos mostrar o meu lindo - SQN! - esqueleto para vocês:



Como havia escrito acima, tive um gravíssimo problema para conseguir fixar o arame; um esqueleto de um profissional seria mais bem elaborado e bonito do que este, claro - mas não sejam tão exigentes! 
Mensurei toda a imagem referencial principal, fiz as dobras que achei pertinente, tanto nos membros superiores, quanto nos inferiores e também na região onde será a cabeça, objetivando que tivesse mais volume, o que ajuda a poupar massa (R$) na etapa da blocagem; depois, uni tudo com a Polymer Clay e levei para assar. 
Confesso, a primeira fornada saiu queimada, passei do tempo mesmooo; na embalagem do produto especifica que o tempo é de até 30 minutos, DEPENDENDO da quantidade de massa, ou seja, da sua espessura; passei demais e incensei a casa com um cheiro de queimado bem legal - se minha mãe morasse comigo, adoraria (*-*).
Moral da história: A grossura - da massa, povo malicioso - importa. 
Aqui vai mais um promessa - juro que anoto todas em um caderninho especial - em momento oportuno, futuramente, falarei mais sobre o processo de "queima da massa" que seria uma das etapas finais de todo o processo de confecção de escultura, ou a final, caso você não pretenda replicar através do molde de silicone (dá uma sacada aqui para saber mais!) e pintar. 


Após fixar bem a massa e me certificar de que a estrutura está bem segura ou rígida, começo a acrescentar volume com o auxílio de papel alumínio, mais uma vez com o intuito de poupar massa, sendo assim, se você for uma pessoa endinheirada, não precisa fazer isso, basta passar direto para a blocagem - isso é a ostentação na confecção de esculturas.
Outra coisa que quero ressaltar é que se você for fazer um personagem que nos membros - braços e pernas, para deixar claro, vai que né - ele vá precisar de pouca quantidade de massa, ou seja, que vá ser fino ou pouco espesso, não precisa envolver o arame com papel alumínio nessas partes - também não sejamos muquiranas - pois, posteriormente, isto irá lhe atrapalhar, grave essa mensagem: essa minha necessidade de poupar gastos me atrapalhou, mas só vou falar sobre isso na etapa de modelagem, por isso aguardem e confiem.
Obs: Esse excesso de arame onde apoio meu dedo polegar nas duas primeiras imagens, foi eliminado pouco depois. 
Finalmente acabamos essa primeira etapa da confecção de uma escultura, espero que tenham curtido tanto quanto eu. Aguardem por favor as publicações posteriores, prometo que serão tão enriquecedoras como esta, afinal procuro sempre trazer o máximo de conhecimento possível para vocês. 
Conhecimento adquirido em muitos anos de pesquisa, leitura e visualizações de aulas online de grandes profissionais, para no fim ter coragem de me aventurar num hobbie como esse, já vocês não precisarão de todo esse tempo, pois encontrarão tudo nesse blog de maneira simples e sucinta. Assim espero! 
Beijão e até a próxima!

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